domingo, 21 de março de 2010

Que é pra ver se você vem..


Hoje eu tô aqui ouvindo Adriana Calcanhotto e me identificando com todas as frases de “Nada ficou no lugar”. Todas as minhas reações, choros e revoltas se resumem a apenas um trecho dessa música: “...Que é pra ver se você volta...”
Nem tô assim tão inspirada pra escrever coisas lindas e sentimentais, mas isso aqui me alivia e hoje acordei com 1.000 quilos no peito.

Definitivamente eu não tenho 19 anos. Não pode ser. Eu deveria estar agora me recuperando de um porre e tentando lembrar o nome de um dos caras que beijei ontem, mas não posso, porque não saí e não beijei ninguém. A não ser você, em sonho. Quando meus lábios iam tocar os seus... Acordei, com a certeza de que vai demorar séculos pra eu sonhar novamente. Onde está todo o entusiasmo de uma menina de 19? Cadê os planos que eu deveria fazer pra night do fim de semana? Por que eu não ouço funk o dia todo ensaiando coreografias pra que me achem sensual? Por que eu não jogo os cabelos quando passa aquele carinha desejado por todas?

A verdade é que eu teria 30 agora com muito gosto, se soubesse que isso te traria pra mim. Se eu tivesse certeza de que todos os seus beijos e olhares de cobiça seriam meus, EU TERIA 30. E seria a trintona mais feliz e menos preocupada com rugas e celulites. Porque teria você.

Passo horas dos meus dias pensando em possibilidades, mudanças, surpresas. Aliás, SURPRESA é a palavra que mais me ronda ultimamente. Como eu gostaria de receber um telefonema seu, me dizendo que quer me ver e descobrir o quanto eu posso te completar. Ou olhar pela janela do prédio em que trabalho e te ver lá embaixo, com um buquê das rosas mais vermelhas que encontrar, apenas porque sabe que são especiais pra mim. Ou novamente receber uma daquelas mensagens que diziam: Bom dia, hoje o sol nasceu apenas pra irradiar o seu lindo sorriso! Beijos e bom trabalho.

Nossa! Quanta coisa romântica, em nível de filme a minha imaginação fabrica. Lixo meloso que nenhuma produtora de fundo de quintal aproveitaria. Mas é assim, enquanto Adriana quebra xícaras, arranha discos e invade almas eu fico aqui, imaginando roteiros de filmes que todo mundo só assiste quando toma um pé na bunda e inventando mudanças em mim que eu mesma talvez nem aprovasse. Tudo isso:


“...Pra ver se você olha pra mim...”

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